NBR 15575 – Melhoria Contínua
- By Irina Aibara
- 27/05/2025
- 70
- Blog

OS GATILHOS PARA PROCESSOS DE MELHORIA CONTINUA
Desde o primeiro contato com a NBR 15575 – Norma de Desempenho, identifiquei o assunto como a grande oportunidade de melhoria continua dos processos de projeto e obra do Mercado Imobiliário.
O caminhar foi árduo mas enriquecedor e o aprendizado contínuo é certamente o grande ganho do processo.
Atualmente, 12 anos depois de vigência da Norma, ainda não estamos todos do Mercado na mesma régua quando se fala em Desempenho da Edificação, mas uma nova fase de melhoria dos processos de projeto e obra em relação á Desempenho se abre para aqueles que já percorreram todo o caminho de conformidade, desde a concepção do Projeto até a elaboração dos ensaios comprobatórios (PCT), da Norma de Desempenho.
A contribuição das auditorias externas nesse aspecto, são importantíssimas, pois é quando todos os itens da Norma estão atendidos, que são levantadas questões que vão além da obrigatoriedade.
A discussão sobre o ensaio de Esquadrias, que não são obrigatórios pela Norma de Desempenho, mas devem ser recomendados pelo projetista, se ele assim entender, é hoje a bola da vez.
Na primeira situação temos os empreendimentos de médio e alto padrão, que possuem projeto de Esquadrias.
Na segunda os empreendimentos econômicos que geralmente adquirem Esquadrias de mercado.
No segundo caso, deve ser uma exigência na compra das esquadrias os ensaios realizados pelo fabricante, ou seja, além de solicitar que as esquadrias venham seladas, devem ser solicitados os ensaios de:
· Estanquidade à água e penetração do ar;
· Resistência às cargas de vento;
· Verificação da resistência às operações de manuseio;
· Ensaio acústico;
No caso dos empreendimentos de médio e alto padrão, esses ensaios devem ser realizados pelo Incorporador. Tem-se adotado a prática de ensaiar as esquadrias quando muda o Projetista ou Fornecedor, ou seja, para um empreendimento que utiliza um mesmo Projetista e Fornecedor de Esquadrias já ensaiadas em empreendimento anterior, dispensa-se o ensaio.
Não é uma regra. O ideal seria ensaiar todas as esquadrias em todos os empreendimentos, mas estes são os ensaios de custo elevado e a lógica pode definir o que ainda não há exigência da Norma.
Com essa lógica, vai sendo formados um arquivo de evidências da empresa em relação às Esquadrias, e criar as próprias referências ainda é a maior comprovação de Desempenho para o Incorporador.
Ainda temos posturas de: “se vou ensaiar não preciso contratar projeto”. O que não nos leva á uma abordagem de crescimento e futuro enquanto “marca”, pois não teremos a referências para os próximos empreendimentos.
Outro dado importante, agora sobre os empreendimentos MCMV, é ser a falta de estanqueidade á penetração do ar, uma das maiores reclamações pós-obra nos empreendimentos entregues desde 2020.
De todas essas lições aprendidas, concluímos que já é hora de ir além dos itens obrigatórios da Norma de Desempenho, e ter como objetivo a qualidade do imóvel que vamos oferecer ao nosso cliente.
Num próximo post, vamos abordar a peritagem contratada pelo cliente na compra do apartamento. Outro ponto que nos leva a pensar nas questões de Desempenho do Projeto que são valorizadas e vão gerar uma ”conta” que condiciona a venda do apartamento.
Nosso desafio é projetar e construir com o Desempenho que o usuário espera do imóvel não somente na hora da entrega, mas durante a sua utilização e que seja valor inclusive na revenda do apartamento. Isso é o que define a qualidade da “marca”!
