Gestão da Norma de Desempenho
Hoje vamos falar sobre a Gestão da Norma de Desempenho dentro do ciclo do empreendimento e o porque da responsabilidade em atende-la é dita compartilhada, e realmente esta é a palavra que define a Gestão da Norma.
Temos visto muito as Incorporadoras “compartilharem” a responsabilidade do atendimento à Norma de Desempenho com seus projetistas, o que faz com que um terço das responsabilidades seja atribuída para garantia do atendimento, desde que o ESCOPO de cada projetista seja bem definido em relação aos entregáveis.
E dentro das etapas de projeto o ESCOPO também precisa se definido dentro do factível, ou seja, na fase de Produto ou Projeto Legal, o que pode ser previsto para que a Norma de Desempenho possa ser atendida quando do desenvolvimento do Projeto Executivo.
Precisamos lembrar que em muitas empresas, são departamentos ou pessoas diferentes que gerenciam o projeto nas suas diferentes fases, e o compartilhamento da responsabilidade começa então dentro da própria empresa.
Um exemplo simples é o Projeto Legal considerar uma parede externa de 15cm, e na fase de Executivo, quando realizada a medição de ruído, perceber-se que será necessário um bloco de 19cm.
Fico claro com esse exemplo que a medição de ruído é de responsabilidade da área de produto ou ainda melhor, do responsável pela compra do terreno, porque é dado de entrada para o desenvolvimento do produto a ser vendido.
A outra ponta do ciclo, a obra, precisa entender porque aquela alvenaria externa é daquela forma, porque o bloco é aquele determinado, e porque as melhores práticas de execução precisam ser mantidas. A obra precisa fechar o ciclo compartilhado de atendimento à Norma de Desempenho.
Da mesma forma, as exigências em relação aos projetistas precisam ser claras nas várias fases do Projeto, porque um paragrafo no contrato dizendo “atender a Norma de Desempenho” não significa muita coisa.
Os projetistas, principalmente o Arquiteto precisa de informações para desenvolver o projeto que só o Incorporador pode fornecer, como a medição de ruído, por exemplo, entre muitas outras.
Ao Incorporador cabe definir o desempenho desejado para o empreendimento e informar ao arquiteto para que este desenvolva o projeto com esta meta. Quando falamos de Desempenho Intermediário ou Superior, o projeto será impactado de várias formas, como espessuras, tipologia dos perfis dos caixilhos, aberturas, serviços específicos, etc… e portanto, isso deve ser considerado desde a concepção do projeto.